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quarta-feira, 6 de maio de 2009

O Farol do Porto da Paz


Apesar do progresso promissor que presenciamos nos últimos anos, muitas partes do mundo ainda estão repletas de lutas, tristezas e desespero. Ficamos com o coração partido e sentimo-nos angustiados quando as notícias locais ou internacionais diárias nos trazem mais histórias de lutas, sofrimento e, com muita freqüência, conflitos armados. Certamente nossa oração é para que o mundo se torne um lugar melhor de se viver, para que haja mais cuidado e interesse mútuo e para que a causa da paz e da confiança se espalhe em todas as direções e estenda-se a todos os povos.
Na busca de tal paz e confiança, citarei uma grande voz do passado, que disse: “[Para se fazer do mundo] um lugar melhor (. . .) de se viver, (. . .) o primeiro passo e também o mais importante é o de se escolher, como comandante, alguém cuja liderança seja infalível, cujos ensinamentos, quando praticados, jamais falharam. Em (. . .) [qualquer] mar tempestuoso de incertezas, o piloto precisa ser alguém capaz de ver, através da tempestade, o farol do porto da paz”. (David O. McKay, Man May Know for Himself, [1967], p. 407)
Existe apenas uma mão que nos guia no universo, uma única luz verdadeiramente infalível, um farol inquebrantável para o mundo. Essa luz é Jesus Cristo, a luz e a vida do mundo, a luz que um profeta do Livro de Mórmon descreveu como “uma luz sem fim, que nunca poderá ser
obscurecida”. (Mosias 16:9)
Ao procurarmos a praia da segurança e paz, quer sejamos mulheres, homens, famílias, comunidades ou nações, Cristo é o único farol em que podemos confiar. Ele próprio declarou a respeito de Sua missão: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida (. . .)”. (João 14:6)
Nesta época, assim como em todas as épocas que nos antecederam e em todas que se seguirão, a maior necessidade de todo o mundo é uma fé sincera e ativa nos ensinamentos básicos de Jesus de Nazaré, o Filho vivo do Deus vivo. Porque muitos rejeitam esses ensinamentos, a razão se torna ainda maior para que os que sinceramente crêem no evangelho de Jesus Cristo proclamam Sua verdade e demonstram pelo exemplo, o poder e a paz de uma vida digna e virtuosa.
Levem em consideração, por exemplo, esta instrução de Cristo a Seus discípulos. Disse Ele: “(. . .) Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem (. . .)”. (Mateus 5:44)
Pensem no efeito que apenas essa admoestação teria em sua vizinhança e na minha, em comunidades em que vocês e seus filhos moram, nas nações que compõem nossa grande família global. Percebo que essa doutrina apresenta um desafio significativo, mas é, certamente, um desafio mais aceitável do que as terríveis tarefas impostas a nós pela guerra, pobreza e dor que o mundo continua a enfrentar.
Como devemos agir quando formos ofendidos, mal compreendidos, tratados injusta ou indelicadamente ou quando cometerem um pecado contra nós? O que devemos fazer se formos feridos por aqueles a quem amamos, preteridos em uma promoção, falsamente acusados ou
termos nossos motivos atacados deslealmente?
Revidamos? Enviamos um batalhão ainda maior? Revertemos para olho por olho dente por dente?
Todos temos oportunidades significativas para praticar o cristianismo e deveríamos tentar fazê-lo a cada oportunidade que surja. Por exemplo, podemos ser um pouco mais inclinados a perdoar. Em revelações modernas o Senhor disse: “Meus discípulos, nos dias antigos, procuraram pretextos uns contra os outros e em seu coração não se perdoaram; e por esse mal foram afligidos e severamente repreendidos.
Portanto digo-vos que vos deveis perdoar uns aos outros; pois aquele que não perdoa a seu irmão suas ofensas está em condenação diante do Senhor; pois nele permanece o pecado maior.
Eu, o Senhor, perdoarei a quem desejo perdoar, mas de vós é exigido que perdoeis a todos os homens”. (D&C 64:8–10)
Na majestade de Sua vida e no exemplo de Seus ensinamentos, Cristo deu-nos muitos
conselhos sempre acompanhados de promessas seguras. Ele ensinou com uma grandeza e autoridade que enchiam de esperança os instruídos e os ignorantes, os ricos e os pobres, os sãos e os enfermos.
É minha firme convicção que se, como pessoas, famílias, comunidades e nações, pudéssemos, como o Apóstolo Pedro, ter os olhos fixos em Jesus, também poderíamos caminhar triunfantes por sobre as “ondas crescentes da descrença” e permanecer “destemidos em meio aos ventos da incerteza. ” (Frederic W. Farrar, The Life of Christ [1994], p. 313) Se, porém, desviarmos o olhar Daquele em quem devemos crer, como é tão fácil de se fazer e como o mundo está tão tentado a fazer e fixarmoso olhar no poder e na fúria dos elementos terríveis e destruidores que nos cercam, em vez de o fixarmos Naquele que nos pode auxiliar e salvar, então fatalmente afundaremos em um mar de conflitos, tristezas e desespero.
Nesses momentos, quando sentirmos que as ondas ameaçam nos afogar e o abismo das águas está prestes a engolfar o barco de nossa fé, oro para que ouçamos sempre, em meio à tempestade e à escuridão, as doces palavras do Salvador do mundo: “Tende bom ânimo; sou eu,
não temais”. (Mateus 14:27)


Presidente Howard W. Hunter
Extraído de um discurso da conferência geral de outubro de 1992.

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