ESPAÇO PARTICULAR SEM QUALQUER RELAÇÃO LEGAL COM A IGREJA

sábado, 23 de maio de 2009

COMUNICAR-SE COM AMOR

Os profetas e apóstolos modernos ensinaram que “o marido e a mulher têm a solene responsabilidade de amar-se mutuamente e amar os filhos, e de cuidar um do outro e dos filhos.“
A comunicação no casamento inclui todos os pensamentos, sentimentos, atos ou desejos transmitidos de modo verbal ou não verbal entre marido e mulher. A boa comunicação é uma manifestação de amor. Contribui para a compreensão e respeito mútuos, reduz conflitos, aumenta o amor e abre o caminho para os níveis mais elevados de intimidade humana. Todos os casais casados podem aprender a comunicar-se de modo eficaz.
O que seus hábitos de comunicação revelam sobre seu amor pelo cônjuge?
Como você pode demonstrar amor — e aumentar seu amor — usando uma boa comunicação?
O AMOR E A BOA COMUNICAÇÃO
Uma comunicação bem-sucedida e positiva é essencial para um casamento saudável.
Quando os cônjuges se comunicam com amor, aumentam a união e a compreensão.
Fortalecem-se e apóiam-se mutuamente ao longo da vida.
Victor Cline, psicólogo e membro da Igreja, observou: “Verifiquei, em trinta anos de aconselhamento conjugal, que aprender novas técnicas de comunicação, assistir a seminários
sobre técnicas de relacionamento ou ler todos os melhores livros sobre o assunto não ajudam a curar as feridas conjugais, a menos que as pessoas envolvidas desenvolvam um espírito contrito ou sintam o coração enternecer-se. Esse abrandamento do coração precisa acontecer, via de regra, em ambos os cônjuges, ainda que o principal culpado pelos problemas seja um deles. Embora nunca se possa forçar um cônjuge a mudar, você pode mudar. Você pode optar por amar e perdoar a despeito de tudo o mais que venha a acontecer.
O resultado, em geral, será uma modificação na atitude e comportamento do cônjuge”.
Enumere o que você pode fazer agora para começar a mudar seu coração. Assuma a resolução de efetuar essas modificações a despeito do que seu cônjuge decida fazer.
MELHORAR A COMUNICAÇÃO
À medida que seu coração se enternecer, talvez você precise desfazer hábitos de comunicação
negativos e desenvolver outros que reflitam e reforcem sua mudança de coração. As recomendações a seguir o ajudarão a melhorar a comunicação em seu casamento.
Eliminar as Palavras Destrutivas Dirigidas um ao Outro
Durante mais de vinte anos, o psicólogo John Gottman estudou as interações entre casais.
Identificou quatro indicadores de que um casal está rumando para o divórcio:
Criticar: “Atacar a personalidade ou caráter do cônjuge”.
Desprezar: Insultar ou rebaixar o cônjuge; indicar por palavras ou atos que você o considera “estúpido, repulsivo, incompetente, um perfeito idiota”.
Ficar na defensiva: Ficar sempre na defensiva diante de reclamações, críticas ou desdém apresentando desculpas, negando, discutindo, queixando-se ou jogando o problema nas costas do cônjuge, em vez de tentar resolvê-lo.
Isolar-se: Afastar-se física ou emocionalmente do outro quando ocorrer um desacordo,
tornando-se uma parede intransponível.
“A proporção mágica é de 5 para 1”, afirmou Gottman. Quando sentimentos e interações positivos aconteciam cinco vezes mais do que as interações e sentimentos negativos, “era provável que o casamento permanecesse estável”.
Reconhecer e Aceitar as Diferenças entre Você e o Cônjuge
Algumas pessoas se comportam como se acreditassem que o marido e a mulher devessem pensar e agir exatamente da mesma forma. Se você reconhecer, aceitar e apreciar as diferenças entre os dois, será mais compreensivo e atento às necessidades do outro e à maneira dele de agir.
Identificar Pensamentos Destrutivos
Será difícil comunicar-se de maneira positiva se você tiver pensamentos negativos sobre seu
cônjuge. Os pensamentos negativos tendem a ser distorcidos; costumamos superestimar nossos pontos fortes e relevar nossas fraquezas e exagerar as fraquezas do cônjuge e minimizar
seus pontos fortes. Corrija quaisquer pensamentos distorcidos que você tiver combatendo-os, procurando evidências de que são inexatos, mudando a perspectiva sobre as atitudes questionáveis do cônjuge e considerando que pode haver boas intenções por trás de seu comportamento. Ore a fim de receber auxílio para ver o cônjuge como o Senhor o vê.
Usar Boas Técnicas de Comunicação
Você pode fazer um esforço consciente para praticar e consolidar técnicas que o ajudarão a comunicar-se com mais eficácia. Para melhorar a comunicação, você pode fazer o seguinte:
Mostrar-se interessado e atencioso quando o cônjuge estiver falando. Demonstre de modo não verbal que se interessa pelo que ele disser mantendo contato visual sem encarar e prestando atenção em vez de mostrar-se distante ou entediado.
Fazer perguntas. Faça perguntas que convidem o cônjuge a exprimir-se, como: “Parece que há algo que o perturba. Gostaria de falar a respeito?”
Ouvir ativamente. Em certos momentos, reformule o que ouvir. Um exemplo: “Você está preocupado por achar que seu chefe não gosta de você”. Ao reformular o que o outro disse, você demonstra que se interessa e que compreende a mensagem do cônjuge. Caso tenha entendido mal, o cônjuge poderá esclarecer.
Expor as intenções. Ao abordar um assunto difícil, primeiro identifique e exponha suas intenções — o que você quer para o relacionamento, para o cônjuge e para si mesmo. Por exemplo: “Quero que saiba que o amo e que desejo que nos sintamos próximos e capazes de confiar plenamente um no outro”. Ao externar intenções positivas, ajudará o cônjuge a compreender que você está começando a conversa para resolver problemas e fortalecer o relacionamento, não para criticar ou reclamar.
Usar frases na primeira pessoa do singular. Quando estiver aborrecido, faça frases
com o pronome “eu” ao externar sentimentos pessoais, em vez de frases cujo sujeito seja o
outro, que dão a entender que a culpa é dele. Por exemplo: “Fico chateado quando o aluguel
não é pago em dia”, em vez de: “Você é irresponsável e isso me irrita”. As frases com “você” pressupõem julgamento e imputam culpa. Provocam ressentimento e levam o outro a ficar na defensiva.
Concordar com a verdade. Concorde com o que for verdade ao receber críticas ou culpa. Quando você assume a responsabilidade por seus erros, pode acalmar as discussões e aumentar sua credibilidade. Caso negue a verdade, tenderá a intensificar os problemas e se mostrará fraco e culpado.
Elogiar o cônjuge. Os elogios sinceros melhoram a comunicação. Como Gottman sugeriu, “O fato de relembrar o cônjuge (e você mesmo) que você muito o admira costuma ter um impacto vigoroso e positivo sobre o restante da conversa”.
Expressar as preferências com clareza. Externe seus desejos e expectativas ao cônjuge.
Pode ser que ele não saiba o que você deseja e espera de um relacionamento. Use de bom senso ao falar de suas aspirações; alguns anseios e desejos são inadequados, nocivos ou contrários aos princípios do evangelho.
Examinar o Modo de Comunicação (Processo versus Conteúdo)
Às vezes os casais dão tanta atenção às questões imediatas, como quem vai levar o lixo, que não reconhecem que a maneira de se comunicarem (o processo) é o maior problema. Por exemplo, pode ser que a esposa queira continuar ferrenhamente uma discussão enquanto o marido se recusa a falar, na tentativa de evitar conflitos. A tenacidade dela provoca a retirada dele, e esse afastamento a leva a prosseguir acaloradamente a discussão. Quando eles identificarem e corrigirem o processo (ela diminui a agressividade e ele pára de distanciar-se), poderão resolver com mais facilidade os problemas que dizem respeito a ambos.
Examine seus processos de comunicação. Veja o que pode fazer para evitar práticas que
comprometam sua capacidade de comunicar-se.
COMUNICAR-SE COM EFICÁCIA
O Élder Marvin J. Ashton, do Quórum dos Doze, indicou como as pessoas podem aprender a comunicar-se com mais amor: “Oro ao Pai Celestial para que nos ajude a comunicar- nos de modo mais eficaz no lar por meio da disposição para sacrificar-nos, ouvir, externar sentimentos, evitar julgamentos, manter a confiança e praticar a paciência. (...) Que nosso Pai Celestial magnânimo e bondoso nos ajude em nossas necessidades e desejos de uma comunicação familiar mais eficaz. A comunicação pode ajudar a fortalecer a unidade familiar se nos empenharmos e nos sacrificarmos para isso”.

Fortalecer o Casamento - Guia de Recursos para Casais

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Lares Celestiais—Famílias Eternas - PRESIDENTE THOMAS S. MONSON






Edificar um Lar Eterno

É com muita humildade que represento a Primeira Presidência como o último orador desta reunião. Fomos inspirados e edificados pelas palavras do Élder Bednar, do Élder Perry e da irmã Parkin. Nossos pensamentos se centralizaram no lar e na família ao sermos relembrados que “o lar é a base de uma vida digna, e nenhuma outra coisa pode substituí-lo nem cumprir suas funções essenciais”.1

Um lar é muito mais do que uma casa construída com madeira, tijolos ou pedras. Um lar é feito de amor, sacrifício e respeito. Somos responsáveis pelo lar que construímos. Precisamos edificar com sabedoria, porque a eternidade não é uma viagem curta. Haverá calmarias e ventos, sol e trevas, alegria e tristezas. Mas se realmente tentarmos, nosso lar pode ser um pedaço do céu aqui na Terra. As coisas que pensamos, as ações que praticamos, a vida que levamos, não apenas influenciam o sucesso de nossa jornada terrena, como também assinalam o caminho para nossas metas eternas.

Algumas famílias da Igreja são compostas de mãe, pai e filhos, todos em casa, ao passo que outras testemunharam a triste partida de um, depois outro e mais outro de seus membros. Às vezes, uma única pessoa compõe uma família. Seja qual for sua composição, a família tem continuidade — porque as famílias podem ser eternas.

Podemos aprender com o Arquiteto Mestre — sim, o Senhor. Ele nos ensinou como precisamos edificar. Ele declarou: “[Toda] casa dividida contra si mesma não subsistirá” (Mateus 12:25). Mais tarde, admoestou: “Eis que minha casa é uma casa de ordem (. . .) e não uma casa de confusão” (D&C 132:8).

Em uma revelação dada por intermédio do Profeta Joseph Smith em Kirtland, Ohio, em 27 de dezembro de 1832, o Mestre aconselhou: “Organizai-vos; preparai todas as coisas necessárias e estabelecei uma casa, sim, uma casa de oração, uma casa de jejum, uma casa de fé, uma casa de aprendizado, uma casa de glória, uma casa de ordem, uma casa de Deus” (D&C 88:119; ver também 109:8).

Onde poderíamos encontrar uma planta mais adequada com a qual Ele pudesse edificar sábia e devidamente? Essa casa respeitaria o código de construção descrito em Mateus, sim, uma casa construída “sobre a rocha” (Mateus 7:24, 25; ver também Lucas 6:48; 3 Néfi 14:24, 25), uma casa capaz de suportar as chuvas da adversidade, as enchentes da oposição e os ventos da dúvida, que estão sempre presentes em nosso mundo desafiador e em constante mudança.

Alguns poderiam perguntar: “Mas essa revelação foi dada para orientar a construção de um templo. Será que ela é relevante hoje em dia?”

Eu responderia: “Acaso não declarou o Apóstolo Paulo: ‘Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?’” (I Coríntios 3:16).

Deixem que o Senhor seja o empreiteiro geral de nosso projeto de construção. Depois, todos podemos ser mestres-de-obras, responsáveis por partes vitais do projeto inteiro. Todos então seremos construtores. Além de edificar o nosso próprio lar, também temos a responsabilidade de ajudar a edificar o reino de Deus aqui na Terra, servindo fiel e eficazmente em nossos chamados na Igreja. Gostaria de prover-lhes diretrizes divinas, lições de vida e pontos a ponderar ao começarmos a construir.

Ajoelhem-se para Orar

“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3:5–6). Assim falou o sábio Salomão, filho de Davi, rei de Israel.

Neste continente americano, Jacó, o irmão de Néfi, declarou: “Confiai em Deus com a mente firme e orai a ele com grande fé” (Jacó 3:1).

Esse conselho divinamente inspirado chega até nós hoje tão claro quanto água cristalina a uma Terra ressecada. Vivemos numa época complicada.

Há bem poucas gerações atrás, ninguém poderia imaginar o mundo em que vivemos hoje e os problemas que nele existem. Estamos cercados pela imoralidade, pornografia, violência, drogas e uma infinidade de outros males que afligem a sociedade moderna. Temos o desafio, sim, a responsabilidade de não apenas manter-nos “[imaculados]” (Tiago 1:27), mas também de guiar nossos filhos e outras pessoas sob nossa responsabilidade com segurança através dos mares tempestuosos do pecado que nos cercam, para que possamos voltar a viver um dia com nosso Pai Celestial.

A educação de nossa própria família exige nossa presença, nosso tempo e o máximo de nosso empenho. Para sermos eficazes em nosso ensino, precisamos ser vigorosos em nosso exemplo para os membros de nossa família estar disponíveis para passar algum tempo com cada um deles e também para aconselhar e orientar.

Freqüentemente nos sentimos sobrecarregados com a tarefa que temos diante de nós. Contudo, sempre contamos com ajuda. Ele que conhece cada um de Seus filhos responderá nossa oração fervorosa e sincera, se buscarmos ajuda para guiá-los. Essa oração resolverá mais problemas, aliviará mais sofrimentos, evitará mais transgressões e proporcionará mais paz e alegria à alma humana do que qualquer outra coisa.

Além de precisarmos dessa orientação para nossa própria família, fomos chamados a cargos em que temos responsabilidade por outros: como bispo ou conselheiro, como líder de um quórum do sacerdócio ou de uma organização auxiliar. Líder, você tem a oportunidade de exercer uma grande influência na vida de outras pessoas. Pode haver aqueles que têm familiares menos ativos ou não-membros; alguns podem ter-se afastado dos pais, não dando atenção a suas súplicas e conselhos. Podemos muito bem ser o instrumento nas mãos do Senhor para fazer algo importante na vida de alguém em tal situação. Sem a orientação de nosso Pai Celestial, porém, não podemos fazer tudo a que fomos chamados a fazer. Essa ajuda vem por meio da oração.

Foi perguntado a um famoso juiz americano o que nós, como cidadãos dos países do mundo, poderíamos fazer para reduzir o crime e a desobediência à lei e trazer paz e alegria à nossa vida e ao nosso país. Ele respondeu, pensativo: “Eu sugeriria uma volta ao antigo costume de orar em família”.

Como povo, quão gratos somos pelo fato de a oração familiar não ser um costume antiquado entre nós. Há um significado real neste conhecido ditado: “A família que ora unida, permanece unida”.

O próprio Senhor ordenou que tivéssemos oração familiar, ao dizer: “Orai ao Pai no seio de vossa família, sempre em meu nome, a fim de que vossas mulheres e vossos filhos sejam abençoados” (3 Néfi 18:21).

Como pais, professores e líderes em qualquer cargo, não podemos nos dar ao luxo de tentar realizar essa jornada potencialmente perigosa pela mortalidade, sem o auxílio celeste para ajudar-nos na orientação daqueles que estão sob nossa responsabilidade.

Ao oferecermos a Deus nossas orações familiares e pessoais, façamos isso com fé e confiança Nele. Ajoelhem-se para orar.

Aceitem a Tarefa de Servir

Tomemos, como exemplo, a vida do Senhor. Tal como um brilhante facho de luz de virtude foi a vida de Jesus, ao ministrar entre os homens. Ele deu força aos membros do inválido, visão aos olhos dos cegos, audição aos ouvidos dos surdos e vida ao corpo dos mortos.

Suas parábolas pregavam Seu poder. Com a parábola do bom samaritano Ele ensinou: “Ama teu semelhante” (ver Lucas 10:30–35). Por meio de Sua bondade para com a mulher apanhada em adultério, Ele ensinou a compreensão compassiva (ver João 8:3–11). Em Sua parábola dos talentos, Ele nos ensinou a progredir e a esforçar-nos para alcançar a perfeição (ver Mateus 25:14–30). Ele bem poderia estar nos preparando para nosso papel na edificação de uma família eterna.

Cada um de nós — seja um líder do sacerdócio ou de uma organização auxiliar — é responsável por seu chamado sagrado. Fomos designados para o trabalho ao qual fomos chamados. Em Doutrina e Convênios 107:99 o Senhor disse: “Portanto agora todo homem aprenda seu dever e a agir no ofício para o qual for designado com toda diligência”. Ao ajudarmos a abençoar e fortalecer os que estão sob nossa responsabilidade em nossos chamados na Igreja, estamos de fato, abençoando e fortalecendo sua família. Assim, o serviço que realizamos em nossa família e em nossos chamados na Igreja pode ter conseqüências eternas.

Há muitos anos, como bispo em uma ala grande e heterogênea, de mais de mil membros, localizada no centro de Salt Lake City, enfrentei inúmeros desafios.

Certa tarde de domingo, recebi o telefonema do proprietário de uma drogaria que ficava dentro dos limites de nossa ala. Ele disse que naquela manhã, um rapaz tinha ido até sua loja e comprado um sorvete. Ele pagara a compra com dinheiro que havia tirado de um envelope e depois, quando saiu, esqueceu de levar o envelope. Quando o proprietário teve a chance de examiná-lo, descobriu que era um envelope de oferta de jejum com o nome e o telefone de nossa ala impresso nele. Ao descrever-me o menino que estivera em sua loja, imediatamente identifiquei quem era: um jovem diácono de nossa ala que fazia parte de uma família menos ativa.

Minha primeira reação foi ficar chocado e desapontado ao pensar que um de nossos diáconos havia coletado dinheiro de oferta de jejum para ajudar os necessitados e tinha ido a uma loja no domingo para comprar guloseimas com /’esse dinheiro. Decidi visitar aquele menino naquela tarde para ensiná-lo a respeito dos fundos sagrados da Igreja e ‘/de seu dever como diácono de coletar e proteger esse dinheiro.

Ao dirigir-me para sua casa, fiz uma oração silenciosa pedindo orientação sobre como abordar a situação. Cheguei e bati na porta. A mãe do menino abriu a porta e me convidou para entrar na sala de estar. Embora a sala estivesse mal iluminada, pude ver que era pequena e pobre. Os poucos móveis que ali havia estavam bem estragados. A própria mãe parecia muito cansada.

Minha indignação pelos atos do filho naquela manhã desapareceu de meus pensamentos ao me dar conta que ali estava uma família realmente necessitada. Senti-me inspirado a perguntar à mãe se havia comida na casa. Com lágrimas nos olhos, ela admitiu que não havia nada. Disse-me que o marido estava desempregado havia algum tempo e que eles estavam precisando desesperadamente não apenas de comida, mas também de dinheiro para pagar o aluguel para que não fossem despejados daquela casa tão pequena.

Não mencionei o assunto das doações de oferta de jejum, pois me dei conta de que o menino provavelmente estava desesperadamente faminto quando parou na farmácia. Em vez disso, cuidei imediatamente para que a família fosse ajudada, para que tivessem alimento para comer e um teto sobre a cabeça. Além disso, com a ajuda dos líderes do sacerdócio da ala, conseguimos arranjar emprego para o marido para que ele pudesse prover o sustento da família no futuro.

Como líderes do sacerdócio e das auxiliares, temos o direito de receber a ajuda do Senhor ao magnificarmos nossos chamados e cumprirmos nossas responsabilidades. Busquem a ajuda Dele e, quando a inspiração chegar, sigam essa inspiração para saberem aonde ir, quem visitar, o que dizer e como dizê-lo. Podemos ter uma idéia e pensar nela constantemente, mas somente quando a colocamos em prática, é que abençoamos vidas humanas.

Sejamos verdadeiros pastores dos que estão sob nossa responsabilidade. John Milton escreveu este poema, “Lycidas”: “As ovelhas famintas erguem os olhos e não são alimentadas” (linha 125). O próprio Senhor disse ao profeta Ezequiel: “Ai dos pastores de Israel que (...) não [apascentam] as ovelhas” (Ezequiel 34:2–3).

Temos a responsabilidade de cuidar do rebanho, das preciosas ovelhas, dos ternos carneiros que estão em toda parte — em casa em nossa própria família, nas casas de nossos parentes e esperando por nós em nossos chamados na Igreja. Jesus é nosso exemplo maior. Ele disse: “Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas” (João 10:14). Temos a responsabilidade de ser pastores. Que cada um de nós aceite a tarefa de servir.

Estendam a Mão para Resgatar

Em nossa jornada pela trilha da vida, haverá vítimas. Algumas saem da estrada que conduz à vida eterna, para descobrir que o atalho escolhido conduz a uma rua sem saída. A indiferença, a negligência, o egoísmo e o pecado, todos trazem sérias conseqüências em termos de vidas humanas. Há aqueles que, por motivo inexplicado, seguem por um caminho diverso, para mais tarde descobrirem que seguiram o caminho da dor e do sofrimento.

Em 1995, a Primeira Presidência, pensando naqueles que se perderam do rebanho de Cristo, publicou uma declaração especial chamada “Um Convite para Voltar”. A mensagem continha este apelo:

“Para você que por qualquer motivo estiver fora do convívio da Igreja, dizemos: Volte. Convidamos você a retornar e partilhar da felicidade que conheceu. Você encontrará muitos com os braços abertos para recebê-lo, ajudá-lo e dar-lhe consolo.

A Igreja precisa de sua força, amor, lealdade e devoção. Há um curso traçado e seguro pelo qual uma pessoa pode voltar a ter as bênçãos plenas de ser membro da Igreja, e estamos prontos para receber todos os que desejarem fazê-lo.”

Talvez uma cena freqüentemente repetida vá ajudá-los a compreender melhor suas oportunidades pessoais de estender a mão para resgatar. Vejamos uma família que tem um filho chamado Jack. Durante toda a juventude de Jack, ele e seu pai brigaram muito. Certo dia, quando estava com 17 anos de idade, eles tiveram uma briga particularmente feia. Jack disse ao pai: “Essa foi a gota d’água. Vou sair de casa para nunca mais voltar!” Ele foi até o seu quarto e fez uma mala. A mãe implorou que ele ficasse, mas ele estava zangado demais para ouvir. Deixou-a chorando junto à porta.

Saindo para o quintal, ele estava para atravessar o portão, quando ouviu o pai chamá-lo: “Jack, sei que grande parte da culpa por você sair de casa é minha. Eu realmente sinto muito por isso. Quero que saiba que quando quiser voltar, você será sempre bem-vindo. E eu tentarei ser um pai melhor para você. Quero que saiba que eu amo você e sempre o amarei”.

Jack não disse nada, mas foi para a estação rodoviária e comprou uma passagem para um lugar distante. Enquanto estava sentado no ônibus vendo os quilômetros passarem, seus pensamentos se voltaram para as palavras do pai. Ele começou a se dar conta de quanta coragem e quanto amor foram exigidos do pai para que ele dissesse aquilo. O pai tinha pedido perdão. Tinha-o convidado a voltar, e suas últimas palavras ficaram soando no ar quente de verão: “Eu amo você”.

Jack sabia que o próximo passo deveria ser seu. Deu-se conta de que a única maneira de ter paz consigo mesmo era mostrar ao pai o mesmo tipo de maturidade, bondade e amor que o pai mostrara para com ele. Jack desceu do ônibus. Comprou uma passagem de volta e começou a viagem de volta para casa.

Chegou pouco depois da meia-noite, entrou na casa e acendeu a luz. Ali na cadeira de balanço estava seu pai, com a cabeça baixa. Quando ergueu o rosto e viu Jack, ele ergueu-se da cadeira. Os dois correram um para os braços do outro. Jack disse mais tarde: “Aqueles últimos anos que fiquei em casa estiveram entre os mais felizes da minha vida”.

Ali estava um pai que, suprimindo a paixão e dominando o orgulho, estendeu a mão para resgatar seu filho, antes que ele se tornasse parte daquele imenso “batalhão perdido”, que resulta de famílias separadas e lares desfeitos. O amor é o grande remédio, o bálsamo que cura; o amor tão freqüentemente sentido, tão raramente expresso.

Do monte Sinai ressoa em nossos ouvidos: “Honra teu pai e tua mãe” (Êxodo 20:12). E mais tarde, daquele mesmo Deus, veio o mandamento: “Juntos vivereis em amor” (D&C 42:45).

Sigam a Planta do Senhor

Ajoelhem-se para orar. Aceitem a tarefa de servir. Estendam a mão para resgatar. Cada uma dessas coisas é uma página essencial na planta de Deus para fazer da casa um lar, e do lar, um pedaço do céu.

O equilíbrio é a chave para nós em nossas sagradas e solenes responsabilidades em nosso próprio lar e em nossos chamados na Igreja. Precisamos usar de sabedoria, inspiração e bom senso ao cuidarmos de nossa família e cumprirmos nossos chamados na Igreja, pois cada uma dessas coisas é de fundamental importância. Não podemos negligenciar nossa família; não podemos negligenciar nossos chamados na Igreja.

Edifiquemos com aptidão, não tomemos atalhos e sigamos Sua planta. Então, o Senhor, nosso inspetor de construção, poderá dizer-nos, como disse quando apareceu a Salomão, um construtor de outra época: “Santifiquei a casa que edificaste, a fim de pôr ali o meu nome para sempre; e os meus olhos e o meu coração estarão ali todos os dias” (I Reis 9:3). Teremos então um lar celestial e uma família eterna e seremos capazes de ajudar, fortalecer e abençoar outras famílias também.

Oro com muita humildade e sinceridade para que essa bênção seja concedida a cada um de nós. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Nota

1. Carta da Primeira Presidência, de 11 de fevereiro de 1999; ver A Liahona, dezembro de 1999, p.1.


Reunião de Treinamento de Liderança Mundial: Apoio à Família

Fevereiro de 2006

O Casamento É Essencial ao Plano Eterno de Deus




ÉLDER DAVID A. BEDNAR
Do Quórum dos Doze Apóstolos

O Ideal Doutrinário do Casamento

Fomos enfaticamente aconselhados pela Primeira Presidência a dedicar o melhor de nossos esforços ao fortalecimento do casamento e do lar. Essas instruções nunca foram tão necessárias quanto no mundo de hoje, quando a santidade do casamento está sendo atacada e a importância do lar está sendo enfraquecida.

Embora a Igreja e seus programas apóiem o casamento e a família, e geralmente sejam bem-sucedidos nisso, devemos sempre lembrar esta verdade básica: Nenhuma organização ou instituição pode tomar o lugar do lar ou desempenhar suas funções essenciais.1

Conseqüentemente, falarei hoje a vocês, primeiro, como homens e mulheres, como marido e mulher, como pai e mãe—e em segundo lugar como líderes do sacerdócio e das auxiliares da Igreja. Minha designação é abordar o papel essencial do casamento eterno no plano de felicidade de nosso Pai Celestial.

Enfocaremos o ideal doutrinário do casamento. Minha esperança é que uma análise de nossas possibilidades eternas e um lembrete de quem somos e por que estamos aqui na mortalidade proporcionem orientação, consolo e esperança fortalecedora a todos nós, independentemente de nosso estado civil ou situação pessoal atual. A disparidade entre o ideal doutrinário do casamento e a realidade da vida diária pode às vezes parecer muito grande, mas vocês estão gradualmente agindo e se tornando muito melhores do que provavelmente percebem.

Peço que tenham em mente as seguintes perguntas ao abordarmos os princípios relacionados ao casamento eterno:

Pergunta 1: Em minha própria vida, estou me esforçando para me tornar um marido ou esposa melhor, ou me preparando para ser um marido ou esposa, ao compreender e aplicar esses princípios básicos?

Pergunta 2: Como líder do sacerdócio ou auxiliar, estou ajudando as pessoas a quem sirvo a compreender e aplicar esses princípios básicos, fortalecendo assim o casamento e o lar?

Ao refletirmos fervorosamente a respeito dessas perguntas e pensarmos em nosso próprio relacionamento conjugal e em nossas responsabilidades na Igreja, testifico que o Espírito do Senhor iluminará nossa mente e nos ensinará as coisas que precisamos fazer e onde melhorar (ver João 14:26).

Por que o Casamento É Essencial

Em “A Família: Proclamação ao Mundo”, a Primeira Presidência e o Conselho dos Doze Apóstolos afirmaram “que o casamento entre homem e mulher foi ordenado por Deus e que a família é essencial ao plano do Criador para o destino eterno de Seus filhos”.2 Essa importante frase da proclamação nos ensina muito sobre o significado doutrinário do casamento e salienta a importância do casamento e da família no plano do Pai. O casamento justo é um mandamento e um passo essencial no processo de criação de um relacionamento familiar amoroso que pode ser perpetuado além da morte.

Duas importantes razões doutrinárias ajudam-nos a compreender por que o casamento eterno é essencial ao plano do Pai.

Razão 1: A natureza do espírito masculino e a do feminino completam-se e aperfeiçoam-se mutuamente e, portanto, o homem e a mulher devem progredir juntos rumo à exaltação.

A natureza e a importância eternas do casamento só podem ser plenamente entendidas dentro do conceito abrangente do plano do Pai para Seus filhos. “Todos os seres humanos —homem e mulher — foram criados à imagem de Deus. Cada indivíduo é um filho (ou filha) gerado em espírito por pais celestiais que o amam e, como tal, possui natureza e destino divinos.”3 O grande plano de felicidade possibilita que os filhos e filhas espirituais do Pai Celestial obtenham um corpo físico, adquiram experiência terrena e progridam rumo à perfeição.

“O sexo (masculino ou feminino) é uma característica essencial da identidade e do propósito pré-mortal, mortal e eterno de cada um”4 e, em grande medida, define quem somos, por que estamos aqui na Terra e o que devemos fazer e nos tornar. Para propósitos divinos, os espíritos masculinos e femininos são diferentes, distintos e complementares.

Depois que a Terra foi criada, Adão foi colocado no Jardim do Éden. É importante notar, contudo, que Deus disse que não era bom que o homem estivesse sozinho (Gênesis 2:18; Moisés 3:18), e Eva tornou-se a companheira e adjutora de Adão. A combinação ímpar de capacidades espirituais, físicas, mentais e emocionais do homem e da mulher é necessária para levar a efeito o plano de felicidade. Individualmente, nem o homem nem a mulher pode cumprir os propósitos de sua criação.

Por desígnio divino, homens e mulheres devem progredir juntos rumo à perfeição e a uma plenitude de glória. Como os homens e as mulheres diferem em temperamento e capacidade, eles devem trazer para o relacionamento conjugal suas próprias perspectivas e experiências. O homem e a mulher contribuem de modo diferente, porém igual para uma unidade e união que não podem ser alcançadas de nenhuma outra forma. O homem completa e aperfeiçoa a mulher, e a mulher completa e aperfeiçoa o homem, à medida que aprendem um com o outro e se fortalecem e se abençoam mutuamente. “Nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no Senhor” (I Coríntios 11:11; grifo do autor).

Razão 2: Por desígnio divino, o homem e a mulher são ambos necessários para trazer filhos à mortalidade e para oferecer-lhes o melhor ambiente para que eles cresçam e sejam nutridos.

O mandamento dado na antiguidade a Adão e Eva de multiplicarem-se e encherem a Terra continua válido hoje em dia. “Deus ordenou que os poderes sagrados de procriação sejam empregados somente entre homem e mulher, legalmente casados. Os meios pelos quais a vida mortal é criada foi designada por Deus.”5 Portanto o casamento entre um homem e uma mulher é o canal autorizado pelo qual os espíritos pré-mortais entram na mortalidade. A completa abstinência sexual antes do casamento e a total fidelidade no casamento protegem a santidade desse canal sagrado.

Um lar com um marido e uma esposa amorosos e leais é a composição suprema, na qual os filhos podem ser criados com amor e retidão — e na qual as necessidades espirituais e físicas dos filhos podem ser atendidas. Assim como as características exclusivas dos homens e das mulheres contribuem para a plenitude de um relacionamento conjugal, essas mesmas características são vitais para criar, cuidar e ensinar os filhos. “Os filhos têm o direito de nascer dentro dos laços do matrimônio e de ser criados por pai e mãe que honrem os votos matrimoniais com total fidelidade."6

Princípios Orientadores

As duas razões doutrinárias que analisamos sobre a importância do casamento eterno no plano de felicidade do Pai sugerem princípios orientadores para aqueles que estão se preparando para o casamento, para os que são casados e para nosso serviço na Igreja.

Princípio 1: A importância do casamento eterno somente pode ser compreendida no contexto do plano de felicidade do Pai.

Freqüentemente falamos sobre o casamento e o enfatizamos como a unidade fundamental da sociedade, o alicerce de uma nação forte e uma instituição sociológica e culturalmente vital. Mas o evangelho restaurado ajuda-nos a compreender que ele é muito mais do que isso!

Será que falamos sobre o casamento sem ensinarmos devidamente a importância do casamento no plano do Pai? Destacar o casamento sem vinculá-lo à doutrina simples e fundamental do plano de felicidade não provê suficiente orientação, proteção ou esperança num mundo que se torna cada vez mais confuso e iníquo. Bem faríamos em lembrar o ensinamento de Alma — de que “Deus deu mandamentos [aos filhos dos homens] depois de ter-lhes revelado o plano de redenção” (Alma 12:32; grifo do autor).

O Élder Parley P. Pratt expressou de modo muito belo as bênçãos que recebemos ao aprendermos, compreendermos e nos esforçarmos para aplicar em nossa vida o ideal doutrinário do casamento:

“Foi Joseph Smith quem me ensinou a valorizar e amar o carinhoso relacionamento de pai e mãe, marido e mulher; irmão e irmã, filho e filha.

Foi com ele que aprendi que a esposa que está dentro do meu coração pode ser unida a mim para esta vida e por toda a eternidade; e que as refinadas emoções e afetos que nos aproximaram um do outro emanaram da fonte do divino amor eterno. (. . .)

Eu já havia amado, mas não sabia por quê. Mas agora amava — com uma pureza — uma intensidade de sentimentos elevados e exaltados que erguem minha alma acima das coisas transitórias deste mundo abjeto e a expandem como o oceano. (. . .) Em resumo, agora posso amar com o espírito e também com o entendimento.

Mas, naquela época, meu querido e amado irmão Joseph Smith (. . .) simplesmente ergueu um canto do véu e permitiu que eu vislumbrasse rapidamente a eternidade.”7

Como homens e mulheres, maridos e esposas, e como líderes da Igreja, será que conseguimos ver que a importância do casamento eterno somente pode ser compreendida no contexto do plano de felicidade do Pai? A doutrina do plano dá esperança a homens e mulheres e prepara-os para o casamento eterno, sobrepujando temores e incertezas que podem fazer com que alguns adiem ou evitem o casamento. Uma compreensão correta do plano também fortalece nossa determinação de honrar firmemente o convênio do casamento eterno. Nosso aprendizado individual, nosso ensino e nossos testemunhos tanto no lar quanto na Igreja serão magnificados, se ponderarmos e compreendermos mais plenamente essa verdade.

Princípio 2: Satanás deseja que todos os homens e mulheres sejam tão miseráveis quanto ele.

Lúcifer ataca impiedosamente e distorce as doutrinas que mais importam para nós individualmente, para nossa família e para o mundo. Onde o adversário está concentrando seus ataques mais diretos e diabólicos? Satanás trabalha sem cessar para confundir a compreensão dos sexos, para promover o uso prematuro e iníquo do poder de procriação e impedir o casamento justo — precisamente porque o casamento foi ordenado por Deus e a família é um ponto central do plano de felicidade. Os ataques do adversário contra o casamento eterno continuarão a aumentar em intensidade, freqüência e sofisticação.

Como hoje estamos engajados em uma guerra pelo bem-estar do casamento e do lar, em minha última leitura do Livro de Mórmon prestei especial atenção à maneira pela qual os nefitas se prepararam para suas batalhas contra os lamanitas. Observei que o povo de Néfi “conhecia o intento de [seus inimigos] e, portanto, prepararam-se para enfrentá-los” (Alma 2:12–13; grifo do autor). Ao ler e estudar, aprendi que um entendimento do intento do inimigo é um requisito-chave para a preparação eficaz. Devemos igualmente ponderar o intento de nosso inimigo nessa guerra dos últimos dias.

O plano do Pai foi criado para orientar Seus filhos, ajudá-los a ser felizes e levá-los em segurança de volta à presença Dele. Os ataques de Lúcifer contra o plano visam confundir os filhos e filhas de Deus, torná-los infelizes e impedir seu progresso eterno. O grande intento do pai de todas as mentiras é que todos nos tornemos tão miseráveis quanto ele (ver 2 Néfi 2:27), e ele trabalha para distorcer os elementos do plano do Pai que ele mais odeia. Satanás não tem um corpo; não pode casar-se e não terá família. Ele se esforça persistentemente para confundir os propósitos divinamente designados dos sexos, do casamento e da família. Vemos em todo o mundo a prova crescente da eficácia do trabalho de Satanás.

Mais recentemente, o diabo tentou combinar e tornar legalmente válida a confusão sobre os sexos e o casamento. Se olharmos para além da mortalidade e para a eternidade, é fácil discernir que as alternativas falsas que o adversário defende jamais poderão conduzir à plenitude que se torna possível pelo selamento de um homem e uma mulher, à felicidade de um casamento justo, à alegria de uma posteridade ou às bênçãos do progresso eterno.

Tendo em vista o que sabemos sobre o intento do inimigo, cada um de nós deve ficar particularmente atento ao buscar inspiração pessoal sobre como podemos proteger e salvaguardar nosso próprio casamento—e sobre como podemos aprender e ensinar princípios corretos no lar e em nossas designações da Igreja referentes ao significado eterno dos sexos e o papel do casamento no plano do Pai.

Princípio 3: As maiores bênçãos de amor e felicidade são obtidas por meio do relacionamento no convênio do casamento eterno.

O Senhor Jesus Cristo é o ponto central de um relacionamento de convênio do casamento. Observem como o Salvador se encontra no ápice desse triângulo, com a mulher na base de um dos ângulos e o homem na base do outro ângulo. Pensem agora no que acontece no relacionamento entre marido e mulher à medida que eles, individualmente e com firmeza, “se achegam a Cristo” e se esforçam para serem perfeitos Nele (Morôni 10:32). Graças ao Redentor e por intermédio Dele, marido e mulher se aproximam um do outro.

À medida que o marido e a mulher se aproximam do Senhor (ver 3 Néfi 27:14), ao aprenderem a servir e a amar-se mutuamente, ao compartilharem experiências de vida e crescerem juntos e se tornarem um e à medida que são abençoados pela união de suas naturezas distintas, eles começam a se dar conta da plenitude que o Pai Celestial deseja para Seus filhos. A felicidade final, que é o próprio objetivo do plano do Pai, é recebida por meio da realização e cumprimento honroso dos convênios do casamento eterno.

Como homens e mulheres, maridos e esposas e como líderes da Igreja, uma de nossas maiores responsabilidades é a de ajudar os jovens a aprenderem sobre o casamento justo e a prepararem-se para ele por meio de nosso exemplo pessoal. Se os rapazes e moças observarem a dignidade, a lealdade, o sacrifício e o cumprimento honroso dos convênios em nosso casamento, eles, então, procurarão imitar os mesmos princípios em seu relacionamento de namoro e casamento. Se os jovens perceberem que fizemos do conforto e conveniência de nosso companheiro ou companheira eterna a nossa maior prioridade, então eles se tornarão menos egoístas e mais capazes de doar-se, de servir e de criar igualmente um relacionamento duradouro. Se os rapazes e as moças notarem que existe respeito mútuo, afeto, confiança e amor entre o marido e a mulher, então se esforçarão para cultivar essas mesmas características na vida deles. Nossos filhos e os jovens da Igreja aprenderão mais com o que fazemos e com o que somos — mesmo que se lembrem relativamente pouco do que dizemos.

Infelizmente, muitos membros jovens da Igreja atualmente têm receio e tropeçam em seu progresso rumo ao casamento eterno porque viram muitos divórcios no mundo e muitos convênios quebrados em seu lar e na Igreja.

O casamento eterno não é apenas um contrato legal temporário que pode ser encerrado a qualquer momento por qualquer motivo. Ao contrário, trata-se de um convênio sagrado com Deus que pode ser válido nesta vida e por toda a eternidade. A lealdade e a fidelidade no casamento não podem limitar-se a palavras bonitas proferidas em sermões, mas devem ser princípios evidentes em nosso próprio relacionamento de convênio de casamento.

Ponderando a importância de nosso exemplo pessoal, será que discernimos áreas em que precisamos melhorar? Será que o Espírito Santo está inspirando nossa mente e abrandando nosso coração — e nos incentivando a agirmos e sermos melhores? Como líderes do sacerdócio e das auxiliares, será que estamos concentrando nossos esforços no fortalecimento do casamento e do lar?

O marido e a mulher precisam passar um tempo juntos para fortalecerem-se mutuamente e fortalecerem seu lar contra os ataques do adversário. Em nosso empenho de magnificar nossos chamados na Igreja, estamos involuntariamente impedindo os maridos e esposas, os pais e mães, de cumprirem suas sagradas responsabilidades no lar? Por exemplo: Será que às vezes marcamos reuniões desnecessárias e atividades que acabam interferindo no relacionamento essencial entre marido e mulher e no relacionamento deles com os filhos?

Ao ponderarmos sinceramente essas questões, tenho certeza de que o Espírito nos está ajudando neste exato momento e continuará a nos ajudar a aprender as coisas que devemos fazer no lar e na Igreja.

Os Recursos Espirituais de que Precisamos

Nossa responsabilidade de aprender e compreender a doutrina do plano, de apoiar e sermos um exemplo de um casamento justo, e de ensinar princípios corretos no lar e na igreja pode fazer com que nos perguntemos se estamos à altura da tarefa. Somos pessoas comuns que precisamos realizar um trabalho extraordinário.

Há muitos anos, minha mulher e eu estávamos atarefadamente tentando dar conta das inúmeras exigências simultâneas de uma família jovem e cheia de energia — e da Igreja, carreira e responsabilidades comunitárias. Certa noite, depois que as crianças foram dormir, conversamos muito sobre a eficácia com que estávamos cuidando de todas as nossas prioridades importantes. Demo-nos conta de que não receberíamos as bênçãos prometidas na eternidade se não honrássemos mais plenamente o convênio que tínhamos feito na mortalidade. Resolvemos juntos agir e ser melhores como marido e mulher. Essa lição aprendida há tantos anos fez uma enorme diferença em nosso casamento.

A doce e simples doutrina do plano de felicidade nos proporciona uma preciosa perspectiva eterna — e ajuda-nos a compreender a importância do casamento eterno. Fomos abençoados com todos os recursos espirituais de que necessitamos. Temos a plenitude da doutrina de Jesus Cristo. Temos o Espírito Santo e a revelação. Temos as ordenanças de salvação, convênios e templos. Temos o sacerdócio e profetas. Temos as santas escrituras e o poder da palavra de Deus. Temos A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Testifico que fomos abençoados com todos os recursos espirituais de que necessitamos para aprender sobre o casamento justo, para ensiná-lo e fortalecê-lo — e que realmente podemos viver juntos e felizes como marido e mulher e família na eternidade. No sagrado nome de Jesus Cristo. Amém.

Notas

1. Ver Carta da Primeira Presidência, 11 de fevereiro de 1999; ver A Liahona, dezembro de 1999, p. 1.

2. “A Família: Proclamação ao Mundo”, A Liahona, outubro de 2004, p. 49.

3. A Liahona, outubro de 2004, p. 49.

4. A Liahona, outubro de 2004, p. 49.

5. A Liahona, outubro de 2004, p. 49.

6. A Liahona, outubro de 2004, p. 49.

7. Autobiography of Parley P. Pratt, ed. Parley P. Pratt Jr. (1938), pp. 297–298.

Reunião de Treinamento de Liderança Mundial: Apoio à Família

Fevereiro de 2006

quinta-feira, 21 de maio de 2009

ÁREA BRASIL TERÁ NOVA PRESIDENCIA

A partir de 1 de Agosto a nova presidência da Área Brasil, será composta por Ulisses Soares, como Presidente, Stanley G. Ellis, como Primeiro Conselheiro e Carlos a. Godoy como Segundo Conselheiro.

O Presidente Ulisses Soares, nasceu em São Paulo em 2 Outubro de 1958, foi apoiado para o Primeiro Quorum dos Setenta em Abril de 2005. Sua família filiou-se à Igreja quando ele tinha aproximadamente cinco anos. Presidente Soares serviu como missionário na Missão Brasil Rio de Janeiro, onde conheceu sua esposa, Rosana Fernandes Morgado. O casal tem 3 filhos. Entre 2000 e 2003, serviu com Presidente da Missão Portugal - Porto.Nascido em Idaho, o Presidente Ellis é formado pela Universidade de Harvard e doutorado pela Faculdade de Direito da BYU. Ele serviu como missionário da Missão Brasil de 1966 a 1968. Trinta e um anos mais tarde, voltou ao país para presidir a Missão Brasil São Paulo Norte, de 1999 a 2002. Presidente Ellis é membro do Segundo Quórum dos Setenta. Ele e sua esposa, Kathryn Kloepfer, são pais de 8 filhos.

Carlos Augusto Godoy foi chamado para servir no Primeiro Quórum dos Setenta em Abril de 2008. Godoy é um dos poucos homens que serviu em uma presidência de área da Igreja antes de se tornar autoridade geral. Ele foi conselheiro da Área Sul do Brasil em 2006, quando servia como Setenta de Área. Nascido em Porto Alegre, Carlos Godoy serviu como missionário na Missão São Paulo Sul. Entre 1997 a 2000, foi presidente da Missão Brasil Belém. Ele e sua esposa, Mônica Brandão, são pais de 4 filhos.

Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo homenageia A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias



Na manhã de ontem, 18 de maio, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em sessão solene, prestou homenagem para – “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, devido aos seus trabalhos em defesa das famílias e pelos serviços humanitários e comunitários prestados pelo Programa Mãos que Ajudam.
A sessão foi presidida pelo deputado estadual Chico Sardelli e contou com a presença de vários líderes públicos e eclesiásticos. Entre eles destacamos: Elder Stanley Ellis, membro da Presidência da Área Brasil, que representou a liderança da Igreja, o professor e vereador Marcos Cintra, atual Secretário Municipal do Trabalho do Município de São Paulo, além de vereadores de
cidades vizinhas, deputados estaduais e assessores parlamentares, setentas de área e presidentes de estaca.
A cerimônia foi aberta com banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo tocando o hino nacional. Na sequência, alguns parlamentares presentes fizeram uso da palavra. Entre eles, o secretário municipal Marcos Cintra que lembrou: “Não sou membro da Igreja, mas tenho admiração e respeito por ela há cerca de 15 anos. Tenho amigos que são membros. São admiravéis. Um em especial, Élder James E. Faust, que serviu como apóstolo e deixou sua marca
no Brasil.” Vale lembrar que em 1996, quando vereador da cidade de São Paulo, Marcos Cintra trabalhou junto à Câmara de Veradores para que Élder Faust recebesse o título de cidadão paulistano. Marcos Cintra ainda afirmou:
“Eles seguem os princípios e amor de Cristo em ações. Vivem sua religião”.
Durante a sessão, Maria José Ribes, Diretora do Conselho Multiestacas de Assuntos Públicos de São Paulo, relatou e mostrou vídeos das ações do Programa Mãos que Ajudam. Após suas palavras um coral de 80 missionários - élderes e sisteres - do CTM – (Centro de Treinamento Missionário) fizeram uma apresentação musical tocante. Sentir o espírito da força missionária fez
muitas pessoas ficarem emocionadas. Na plateia, muitos membros choraram. O presidente da Estaca São Paulo Parque Pinheiros, presidente Afrodízio Nascimento, assistiu a solenidade e expressou seus sentimentos em poucas palavras: “Fiquei tão emocionado. Senti um espírito muito forte. Foi incrível.”
Na parte final da reunião, Élder Stanley Ellis, 2º conselheiro na Presidência da Área Brasil, dirigiu a palavra. Elder Ellis agradeceu em nome de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias a homenagem. Lembrou sobre a força da Igreja de Jesus Cristo no Estado de São Paulo. “Nesta região, foi organizada a primeira estaca e construído o primeiro templo da Igreja em terras latino-americanas. Hoje no Brasil, são mais de 1 milhão e 100 mil membros, destes, 300 mil neste estado.” Elder Ellis também ressaltou o trabalho desenvolvido em favor das famílias. Enfatizou a crença em Jesus Cristo, o Salvador. E testificou sobre a veracidade da Igreja. Emocionado
compartilhou seu amor ao Brasil e seu povo.
Após suas palavras, recebeu então das mãos do Deputado Estadual Chico Sardelli – uma placa em homenagem à Igreja de Jesus Cristo. E sua esposa, representando as irmãs da Igreja, recebeu flores. Já Élder Fernando Araújo, setenta de área, que os acompanhava, recebeu uma placa em homenagem ao Programa Mãos que Ajudam.
Perto do final, outro momento marcante deu-se quando a cantora Suellen Yamaguchi apresentou a música – “Suas Mãos” e simultanêamente imagens da vida e ministério do Salvador Jesus Cristo eram projetadas no telão.
Para encerrar a sessão solene, o deputado Chico Sardelli enfatizou o papelda Igreja na sociedade: “O que vimos aqui hoje, retrata uma parte desse trabalho grandioso. Eu confesso que estou feliz. Sou temente a Deus e quero fazer o meu melhor. Hoje aprendi muito sobre A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.” Depois, virou seu olhar para Élder Ellis e afirmou: “Élder Ellis, muito obrigado. Em nome desta casa de leis eu agradeço a Igreja de Jesus Cristo por esses serviços prestados.
No final ainda informou que protocolou na Assembleia o projeto lei que instituirá o dia 23 de setembro, no Estado de São Paulo, como o “Dia da Proclamação ao Mundo: A Família”. Como agradecimento, Elder Ellis entregou ao deputado Sardelli, literatura sobre a Igreja, um Cd do Coro do Tabernáculo e um quadro – Proclamação ao Mundo: A Família. O secretário municipal Marcos Cintra recebeu o mesmo material das mãos do Elder Araújo. E cada parlamentar recebeu um kit com a Proclamação ao Mundo, O Cristo Vivo e Regras de Fé.
No hall monumental da Assembleia, foi exposto material sobre a Igreja de Jesus Cristo, missionários da Missão Brasil São Paulo Sul e voluntários do programa Mãos que Ajudam, que vestiam o colete alusivo ao programa receberam os visitantes nessas exposições. Na saída, os convidados caminharam por esse espaço.
Houve cobertura da imprensa oficial do estado. Antes da cerimônia, Élder Stanley Ellis concedeu entrevista para a TV Assembleia.
Veja abaixo matéria publicada no site oficial da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
http://www.al.sp.gov.br/portal/site/Internet/menuitem.4b8fb127603fa4af58783210850041ca/?vgnextoid=f6b3657e439f7110VgnVCM100000590014acRCRD&id=d34493d76b641210VgnVCM100000600014ac____

Fonte: Nei Garcia
Assuntos Públicos Brasil
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
www.lds.org
www.maosqueajudam.org.br
www.saladeimprensa-sud.org.br

terça-feira, 19 de maio de 2009

Barack Obama nomeia republicano como embaixador na China


SALT LAKE CITY - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nomeou neste sábado, 16, o governador de Utah, Jon Huntsman, empresário bem-sucedido e fluente em mandarim, como o próximo embaixador dos EUA na China. Huntsman, um republicano moderado que aprendeu mandarim como missionário mórmon em Taiwan, aceitou a indicação. Se confirmado pelo Senado, ele substituirá Clark Randt no posto de embaixador dos EUA na China.

Randt, colega de classe do ex-presidente George W. Bush na Universidade de Yale, serviu como principal enviado de Washington a Pequim de julho de 2001 até janeiro deste ano, o que o tornou o embaixador norte-americano na China por mais tempo, desde que as duas nações estabeleceram relações diplomáticas.

A posição coloca Huntsman na linha de frente de uma das relações mais complexas e cruciais de Washington, carregada de questões sensíveis, desde investimento e comércio até segurança nacional e o futuro de Taiwan, democracia autogovernada e forte aliada dos EUA que a China considera parte de seu território.

Pequim é o maior credor externo de Washington, com cerca de US$ 1 trilhão em dívida do governo dos EUA, e o expressivo superávit comercial da China com os EUA, além de preocupações com direitos humanos, são fonte constante de tensão no Capitólio.

O Ministério das Relações Exteriores da China não tinha comentário imediato sobre a notícia da possível nomeação. Huntsman, de 49 anos, é um governador popular que serviu por dois mandatos nos dois governos Bush e é conhecido por defender uma agenda moderada em um dos Estados mais conservadores dos EUA.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Conferencia da Estaca

Este final de semana tivemos a nossa Conferencia da Estaca, ela começou na sexta feira com uma atividade cultural "Uma Voz do Pó". Infelizmente estava trabalhando das 14:00 às 22:00 e não consegui assistir, isso aconteceu também nas sessões de sábado.

Mas ontem tive a oportunidade de ser nutrido pela boa palavra. O Elder Stanley G. Ellis 2º Conselheiro da Presidência de Área, presidiu a nossa Conferencia e com ele estava o Elder Prieto Setenta de Area.

O coral como sempre estava maravilhoso, parabéns a todos que se empenharam em proporcionar uma bela música para a reunião.

O Elder Ellis, nos ensinou sobre o Plano do Senhor e deixou bem claro que não existe outro Plano a qual devemos seguir.

Como sou grato por pertencer a esta igreja e por ter lideres tão inspirados, amo este evangelho e espero poder sempre vive-lo de modo que um dia volte a presença do PAI CELESTIAL com a minha FAMÍLIA QUE TANTO AMO.


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